quarta-feira, 5 de maio de 2010

Jornalismo: mercado e academia querem acertar

Foi interessante a iniciativa de Zero Hora de realizar uma cobertura colaborativa, via Twitter, das palestras realizadas em 18 cursos de jornalismo no Rio Grande do Sul nesta terça-feira. Tive a oportunidade de auxiliar o pessoal da Graduação na UFSM e, mesmo com as carências típicas de uma universidade federal do interior, deu tudo certo. O auditório não é dos mais confortáveis, não tínhamos rede wireless disponível, mas com esforço e dedicação a equipe não fez feio diante dos tweets postados pelo pessoal de instituições de ensino mais abastadas. Foi legal ver a animação dos estudantes em tempos de tanta incerteza quanto ao futuro do jornalismo e da profissão.
Atuei nesta atividade que tinha como foco alunos da Graduação devido ao meu interesse de pesquisa. Agradeço a compreensão e disponibilidade da editora de mídias sociais Barbara Nickel, que coordenou a cobertura desde a redação de ZH em POA. Minha participação foi como jornalista e como investigadora. Vesti a camisa da equipe "foca" para twittar minhas impressões sobre a fala do editor-chefe de online Pedro Lopes, mas não deixei de tomar nota do que indaga meu problema de pesquisa.
Acompanhei, nos momentos em que pude estar conectada, a cobertura realizada pelos estudantes das outras universidades envolvidas, e também a repercussão no Twitter. Destaco a simbiose entre academia e mercado que pude perceber não apenas na presença de jornalistas no meio dos estudantes e professores, mas principalmente no desejo de acertar que vem de todos os lados. Um exemplo: a professora Raquel Recuero comentou em seu Twitter, com as hashtags "#zh #fail" a falta de possibilidade de os leitores comentarem no Cover (ferramenta que transmitiu os mais de 1,5 mil tweets dos alunos minuto a minuto) instalado no Blog do Editor. Em poucos minutos, a editora de mídias sociais de ZH anunciava em seu perfil pessoal que a opção comentário fora disponibilizada.
Foi-se o tempo em que mercado e academia andavam em direções opostas. Um só tem a aprender com o outro.

2 comentários:

de mau humor disse...

Legal ver teu otimismo sobre as relações entre academia e mercado. Foi bom mesmo ver as duas instâncias dialogando, mas acho que ainda não é tão tranquilo assim...

Luciana Carvalho disse...

Nem tanto, mesmo. Falei sobre o que vi ontem, mas não dá para generalizar.