Embora possa soar romântica demais, a visão do repórter da Rede Globo Marcelo Canellas (formado pela UFSM) sobre a morte do sem-terra Elton em São Gabriel mostra a humanidade da qual precisamos para analisar certas situações - e que falta a tantos. Sua crônica no Diário de Santa Maria foi publicada antes da confissão do soldado da BM. Eu só li agora por conta de um post no Twitter.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Morte de sem-terra
Tiro pelas costas, bala de calibre compatível com a usada pela BM na desocupação... Em nota o comando da corporação "lamenta" o ocorrido. Dá vergonha tudo isso... Assino embaixo a avaliação lúcida do Professor Demétrio Soster, da UNISC.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Sem-terra morto durante desocupação da Southall
E agora, o que mais falta acontecer? Teremos em São Gabriel um desfecho trágico para o que tenho chamado aqui de "novela da Reforma Agrária"? Notícia de hoje em São Gabriel me deixa sem palavras...
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
São Gabriel e a novela da Reforma Agrária
E segue a novela em São Gabriel. MST "invadiu" a Prefeitura pedindo estrutura para os assentamentos criados no ano passado com a desapropriação de várias propriedades. Segundo o Prefeito Rossano Gonçalves, não chegaram as verbas federais prometidas. O discurso dos dois lados não mudou, mas a situação agora é outra. Antes, políticos da corrente que agora administra o munícipio e ruralistas representados pelo Sindicato, não queriam a instalação do movimento na cidade. Não tiveram sucesso. A Reforma Agrária foi feita, com a entrega das terras. Mas, e agora, sem investimento e estrutura mínima para produzir, essas pessoas estão em seu direito de pedir o que foi prometido. Concordo com o Prefeito que o Governo Federal tem obrigação de cumprir com o que prometeu a essas famílias e à comunidade de São Gabriel. Mas também penso que o Município tem de tratá-los agora como cidadãos gabrielenses que têm direito à saúde, educação, segurança, como todos os demais moradores.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Pai, eu te amo!
Sabemos que as datas comemorativas tem como objetivo final incrementar as vendas do comércio. Assim, não deveríamos ficar emocionalmente abalados quando de algum modo essas datas nos lembram coisas tristes. Mas, não tem jeito. Por mais que eu saiba que o Dia dos Pais é uma dessas datas, me senti fora de lugar por não ter mais a quem dar presente neste dia. Não que não tenhamos outras pessoas queridas a quem presentear numa data dessas, mas o Meu Pai não está mais aqui. No dia 15 de novembro fará nove anos que ele se foi, de um modo precoce, repentino, sem aviso. Sérgio de Lima Carvalho, o meu pai, morreu de infarto aos 54 anos, numa madrugada de primavera. Deixou muitas saudades e um orgulho imenso. Ele foi um homem espetacular. Honesto, correto, organizado, trabalhador por demais, legal, amigo e sensível. Sinto a falta dele todos os dias, e no Dia dos Pais senti falta de comer o churrasco que ele preparava com tanto gosto, se esmerando em atender meu paladar de menina chata. Senti falta de lhe emocionar entregando um presente com um cartão, e de ver o sorriso contido dele e o brilho de amor em seus olhos azuis. Sinto por ele ter trabalhado tanto e ter feito tão pouco as coisas que gostava como lazer. Graças a sua obstinação pelo trabalho, conquistei muitos de meus sonhos e tenho a tranquilidade de saber que minha mãe tem uma ótima casa para morar. Junto com ela, aliás, ele conquistou uma vida digna que não recebeu de mão beijada de ninguém. Sei que o corpo de meu pai já era, se foi. Mas sua linda alma está entre nós quando pensamos nele, e quando lembramos a pessoa especial que ele foi. Não acredito em vida após a morte, nem em reencarnação, mas acredito na vida eterna simbólica, ou seja, as pessoas legais não morrem porque ficam na mente de quem as amou e cabe a nós repassarmos esse amor adiante. Minha filha não o conheceu, mas sabe quem ele foi e o ama. Acredito que com isso ele já foi imortalizado. Pai, fica aqui este post como homenagem pelo seu dia. Eu te amo!
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