quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mais gente do que se pensa é demitida por falar mal do "patrão"

E a polêmica do post anterior continua... Estima-se que uma pessoa é demitida a cada semana por criticar ou ofender direta ou indiretamente a empresa na qual trabalha, ou mesmo por dirigir comentários pouco abonadores a chefes e colegas. Dá para acreditar? As informações são do R7. E, o assunto tem dado o que falar no Twitter.

Empresas demitem quando são ofendidas nas redes sociais: quem é o demônio aí?

Uma notícia que gerou polêmica hoje e reverberou nas redes sociais da web diz respeito à demissão do jornalista Felipe Milanez, da revista National Geographic Brasil, pertencente ao Grupo Abril. A demissão ocorreu ontem, após críticas à conduta da revista Veja, pertencente ao mesmo grupo, postadas pelo jornalista em seu Twitter. No meio jornalístico, há opiniões contrárias e favoráveis à demissão. Advogados especialistas em direito digital defendem o direito das empresas demitirem um funcionário que se manifestar contra sua imagem. Eu confesso que lamento a demissão do colega, mas considero ingênuo o pensamento de que o grupo agiu de modo equivocado. Seria lindo praticar a liberdade de pensamento e expressão nas redes sociais mesmo quando se é atrelado a um grupo econômico que tem seus interesses sem ter de arcar com represálias depois. Mas esta não é a realidade. O preço de aceitar um emprego como o que tinha Felipe é acatar a lei da selva. Quer liberdade total? Vai trabalhar como autônomo, o que pode ser tão ou mais lucrativo, mas aí depende a que interesses o jornalista irá servir. Na verdade, liberdade total é algo difícil de conquistar, depende de nossos lugares de fala e dos constrangimentos que eles nos impõem, depende de nossos interlocutores, depende do meio que utilizamos para nos manifestar. Tudo bem que posso alegar que minha conta no Twitter diz respeito a mim enquanto pessoa física, independentemente da posição ou do papel que ocupo social ou institucionalmente. Mas, há mesmo como separarmos as coisas? Basta lembrar o episódio recente envolvendo um executivo de uma empresa da área de tecnologia. Ainda acho que a melhor saída para que coisas assim não se repitam é o bom senso, diálogo. Há que existir um acordo prévio entre funcionários e empresas no sentido de unificar o discurso, estabelecer as regras de comportamento nas redes sociais online e offline. Quem se achar tolhido, que peça demissão, maneire na verborragia ou, então, diga adeuas à Twitter e coisas do gênero.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Jornalismo: mercado e academia querem acertar

Foi interessante a iniciativa de Zero Hora de realizar uma cobertura colaborativa, via Twitter, das palestras realizadas em 18 cursos de jornalismo no Rio Grande do Sul nesta terça-feira. Tive a oportunidade de auxiliar o pessoal da Graduação na UFSM e, mesmo com as carências típicas de uma universidade federal do interior, deu tudo certo. O auditório não é dos mais confortáveis, não tínhamos rede wireless disponível, mas com esforço e dedicação a equipe não fez feio diante dos tweets postados pelo pessoal de instituições de ensino mais abastadas. Foi legal ver a animação dos estudantes em tempos de tanta incerteza quanto ao futuro do jornalismo e da profissão.
Atuei nesta atividade que tinha como foco alunos da Graduação devido ao meu interesse de pesquisa. Agradeço a compreensão e disponibilidade da editora de mídias sociais Barbara Nickel, que coordenou a cobertura desde a redação de ZH em POA. Minha participação foi como jornalista e como investigadora. Vesti a camisa da equipe "foca" para twittar minhas impressões sobre a fala do editor-chefe de online Pedro Lopes, mas não deixei de tomar nota do que indaga meu problema de pesquisa.
Acompanhei, nos momentos em que pude estar conectada, a cobertura realizada pelos estudantes das outras universidades envolvidas, e também a repercussão no Twitter. Destaco a simbiose entre academia e mercado que pude perceber não apenas na presença de jornalistas no meio dos estudantes e professores, mas principalmente no desejo de acertar que vem de todos os lados. Um exemplo: a professora Raquel Recuero comentou em seu Twitter, com as hashtags "#zh #fail" a falta de possibilidade de os leitores comentarem no Cover (ferramenta que transmitiu os mais de 1,5 mil tweets dos alunos minuto a minuto) instalado no Blog do Editor. Em poucos minutos, a editora de mídias sociais de ZH anunciava em seu perfil pessoal que a opção comentário fora disponibilizada.
Foi-se o tempo em que mercado e academia andavam em direções opostas. Um só tem a aprender com o outro.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

UFSM participa de série de palestras de Zero Hora

A UFSM será uma das 18 universidades do Rio Grande do Sul que irão participar, nesta terça-feira (04/05), de um evento programado pelo jornal Zero Hora em comemoração aos seus 46 anos. O diferencial é que os alunos atuarão cobrindo palestras de jornalistas do veículo, viaTwitter, e entrarão na cobertura em tempo real da atividade. Será criado um "minuto a minuto", via CoveritLive, para transmissão das mensagens enviadas pelos alunos através do serviço de micropostagens. Os posts poderão ser conferidos no Blog do Editor, no site do jornal. Em Santa Maria, a palestra será do jornalista Pedro Lopes, editor de Online do Grupo RBS.
A palestra está marcada para as 9h30, na Batcarverna. O jornalista, de 33 anos, atua há 11 em Zero Hora com passagem pelas editorias de Interior, Economia e Geral, exercendo as funções de repórter, coordenador de produção e editor. Em março de 2007, foi convidado para ajudar a montar a operação online de ZH. Há um um ano e meio assumiu o cargo de Editor-chefe de notícias online do Grupo RBS, que inclui os sites zerohora.com, clicEsportes e o portal clicRBS no Rio Grande do Sul. Graduou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, tem pós-graduação em Economia Empresarial também pela UFRGS e duas especializações no Master em Jornalismo - Centro de Extensão Universitária/Universidade de Navarra.
O evento será uma excelente oportunidade para que estudantes e professores, da Graduação e do Mestrado, possam ver de perto como funciona uma produção via redes sociais de forma colaborativa.